"A terra geme com a agonia gerada pelo Aquecimento Global"

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Combate ao desmatamento terá até 2012 o reforço de US$ 4 bilhões

Na reunião Internacional realizada em Oslo na quinta-feira passada (27/05), que teve como tema central o “Combater ao Desmatamento”, ficou acertado que apesar da crise econômica, os países ricos doarão quatro bilhões de dólares até 2012 para a redução desse problema, que hoje constitui  um dos principais fatores de aquecimento do planeta.
Esta quantia representa um aumento de 500 milhões de dólares em relação aos 3,5 bilhões prometidos por seis países – Estados Unidos, Noruega, Japão, Reino Unido, França e Austrália – durante a conferência de Copenhague, em dezembro de 2009.
Segundo o Painel Intergovernamental de Especialistas da ONU sobre a Evolução do Clima (IPCC), o desmatamento representa 17% das emissões globais de gás de efeito estufa, algo mais que o setor do transporte.
A luta contra o desmatamento pode representar um terço das medidas necessárias até 2020 para limitar a 2 graus centígrados o aquecimento do planeta. Frear o desmatamento e a degradação das floretas permite as reduções mais importantes, as mais rápidas e as mais baratas das emissões mundiais.

A vegetação original da Mata Atlântica é penalizada duramente por Minas Gerais

O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado na quarta-feira (26/05) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela ONG SOS Mata Atlântica afirma que a exploração de carvão para siderurgia fez com que o Estado de Minas Gerais se tornasse o líder do desmatamento na Mata Atlântica entre 2008 e 2010.
O atlas avaliou também a mudança na cobertura florestal do bioma mais ameaçado do país (do qual restam apenas 7,9% da vegetação original) em nove Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A área avaliada equivale a 72% da área total do bioma.
No período, foram desmatados 20.867 hectares. Houve queda na média do desmatamento no período, embora Minas tenha aumentado sua derrubada em 15% (12.524 hectares) e o Rio Grande do Sul, em 83% (1.897 hectares).
Em Santa Catarina, tradicional Estado campeão do desmatamento, a derrubada caiu em 75%, apesar da implementação de um código ambiental estadual que permite a redução das áreas de proteção permanente.

domingo, 30 de maio de 2010

As reservas Amazônicas serão capazes de evitar a emissão de 8 bilhões de toneladas de carbono até 2050

Pesquisa promovida pelo Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais em colaboração com 12 especialistas de várias instituições, entre elas o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e  Woods Hole Research Center  apontam que as áreas protegidas da Amazônia têm o potencial de evitar a emissão de até 8 bilhões de toneladas de carbono para a atmosfera até 2050. Isso equivale a um ano de emissões de gases do efeito estufa de todos os países juntos. É uma cifra significativa que revela o papel da proteção das florestas no fortalecimento da posição brasileira nas negociações internacionais do clima.
A pesquisa foi publicada na sexta-feira (28/05) pela revista científica Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. O estudo considerou todas as 595 Unidades de Conservação amazônicas (federais e estaduais), incluindo Terras Indígenas e áreas militares, como a da reserva da Serra do Cachimbo. Segundo o trabalho, essas áreas protegidas abrigam hoje 54% dos remanescentes florestais da Amazônia brasileira, estimados em 3,4 milhões de Km2. Tais áreas contêm 56% do carbono florestal disponível em forma de floresta no bioma.

Emissões globais de CO2 devem crescer 43% até 2035

As emissões globais de dióxido de carbono devem aumentar 43% até 2035 se o padrão atual de uso energético se perpetuar e nenhum controle for exercido, concluiu a Administração da Informação Energética (EIA, sigla em inglês) dos Estados Unidos em seu “Panorama Energético Internacional 2010”.
Este crescimento, de 30 bilhões de toneladas em 2007 para 42 bilhões em 2035, será impulsionado pelo aumento em 49% do consumo energético, sendo que 80% da demanda mundial será preenchida por combustíveis fósseis, se nada for feito para modificar este caminho.
Porém, no cenário abordado pela EIA, as fontes renováveis de energia terão uma fatia crescente de 111% no uso total de energia entre 2007 e 2035.
O uso do carvão também aumentará em 56%, com Índia e China sendo responsáveis por 85% desta expansão e o consumo de gás natural deve crescer 44%.
Após anos de idas e vindas na questão nuclear, o relatório prevê um aumento de 74% na geração deste tipo de energia.
O relatório ressalta a urgência de se implantar projetos de geração energética de baixo carbono nos países em desenvolvimento, onde estará grande parte do crescimento no uso de fontes fósseis e consequentemente onde as emissões de gases do efeito estufa aumentarão mais proeminentemente.
Fonte: Carbono Brasil/EIA

sábado, 22 de maio de 2010

Cientistas alertam a maior economia do mundo para os problemas gerados pelas emissões incontroladas de CO2

           O Conselho de Pesquisa Nacional da Academia de Ciências dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira (19) três relatórios alertando que as mudanças climáticas constituem um fenômeno real, desencadeado principalmente por ações com efeitos maléficos praticadas pelo homem. Esses relatórios apontam que a prática inconsequente dessas ações é responsável pelos danos irreparáveis causados ao meio ambiente. Por essa razão, alegam os cientistas, que as alterações climáticas devem ser encaradas com seriedade e com a maior brevidade possível.
           Os três documentos chamados de “America’s Climate Choices” (Escolhas Climáticas da América) foram encomendados ainda no governo Bush e chegaram bem no momento em que o mundo observa a tragédia provocada pelo vazamento de petróleo causado pelo afundamento da plataforma "Deepwater Horizon", do grupo britânico BP (British Petroleum), no Golfo do México, que ocorreu no dia 22 de abril passado.
            Com base nos estudos contidos nos três documentos a Academia recomenda que a administração Obama se comprometa em cortar as emissões de CO2 entre 57% e 83% até 2050, com relação aos níveis emitidos em 1990.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Consumidores esclarecidos contribuem para que haja consumo consciente

           Na última quarta-feira (19), a Natura (empresa brasileira que atua no mercado nacional de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal), em parceria com a União para um BioComércio Ético (UEBT) realizou em Cajamar (SP),  a conferência “Abastecimento com Respeito” (“Sourcing with Respect”). Esse encontro teve como tema central a importância do compartilhamento de benefícios, práticas éticas para o comércio de ativos da biodiversidade e uso sustentável dos recursos naturais.
           Nessa conferência chegou-se às seguintes conclusões: educar consumidores é uma atitude imprescindível para que a sociedade adquira um padrão de consumo que não comprometa a biodiversidade - a certificação é, sem sombra de dúvida, uma das principais ferramentas para esta conscientização e, que promover a preservação do meio ambiente, respeitar conhecimentos empíricos e garantir a repartição dos benefícios ao longo de sua cadeia produtiva, é dever de todos os segmentos da sociedade, que se beneficiam da natureza para o pleno desenvolvimento de sua atividade fim.
           No evento foi divulgado o resultado de uma pesquisa que avaliou o conhecimento dos consumidores sobre a biodiversidade. Além do Brasil, participaram da referida pesquisa: França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O resultado apontou que o brasileiro está de bem com a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Enquanto na Alemanha somente 38% dos entrevistados informaram já ter ouvido falar de biodiversidade, no Brasil este índice foi de 92%, o maior entre todos os países pesquisados. Dentre estas pessoas 47% definiram o termo corretamente.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pecuária desenvolvida no Pantanal brasileiro interage harmoniosamente com o Meio Ambiente

            Há décadas técnicos e pecuaristas que desenvolvem as suas atividades produtivas no Pantanal brasileiro, afirmam que há uma interação perfeita entre a pecuária tradicional e extensiva praticada naquela região e o meio ambiente. A despeito da falta de embasamento científico, esse conceito empírico perdurou por muito tempo circulando entre todos os envolvidos na cadeia produtiva da proteína de origem bovina.
             Essa dúvida gerada pela falta de informações devidamente comprovadas deixou de existir a partir de um estudo divulgado pela Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Essa renomada Instituição atuou como consultora técnica nas pesquisas desenvolvidas pelas Organizações Não-Governamentais: WWF-Brasil, Ecoa, Avina, SOS Pantanal e CI (Conservação Internacional), que estudaram os efeitos causados pela pecuárias extensiva no bioma matogrossense . O resultado desse estudo comprovou que 87% da vegetação nativa do bioma está intacta, embora haja registro que aquele tipo de pecuária é praticada no Pantanal há 270 anos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Aquecimento global gera divergências em estudos realizados por renomadas Instituições de pesquisas

            Estudos realizados pelas universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, revelaram que o aquecimento global pode deixar a metade do planeta sem condições de ser habitado nos próximos três séculos. Por outro lado, a última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences, baseada em conteúdos oriundos de outras pesquisas, informa que é improvável que isso ocorra ainda neste século. Contudo, é possível que no século 22 várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.
            As divergências apontadas nos estudos acima indicam que não se sabe efetivamente qual a qualidade de vida que os seres humanos terão nos próximos séculos. Todavia, tem-se como certo, que o aumento da temperatura desencadeará a submersão de muitas cidades litorâneas (derretimento das calotas polares); o surgimento de desertos (desequilíbrio de vários ecossistemas) e o aparecimento de furacões, tufões e ciclones (catástrofes climáticas potencializadas pela maior evaporação das águas dos oceanos).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mais uma tentativa fracassada para conter o vazamento de óleo provocado pela plataforma afundada no Golfo do México

           No último sábado (8/05), a empresa British Petroleum (BP) tentou mais uma vez conter o vazamento de óleo provocado pelo afundamento de uma de suas plataformas no Golfo do México. Desta feita a referida empresa utilizou uma grande estrutura de aço e cimento para tamponar o local do vazamento, que não funcionou devido à cristalização de água e gás no encanamento que transportaria o óleo para um navio na superfície.
            A possibilidade do desastre ganhou força depois que a BP reconheceu o insucesso da operação. Esse fato levou os estados americanos situados nas adjacências do Golfo do México a redobrarem os esforços para tentar conter o avanço da mancha de óleo para terra firme. Esse vazamento que poderá chegar a ser o pior da história dos Estados Unidos, ameaça provocar um desastre econômico e ecológico nas praias, refúgios selvagens e centros de pesca da região.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Medicamentos descartados indevidamente contaminam o solo, a água e oferece riscos à saúde da população e dos animais

As substâncias tóxicas encontradas em muitos medicamentos são considerados pelos pesquisadores e ambientalistas como um grave risco para o  meio ambiente. Em razão disto, exigem  cuidados durante o tratamento do resíduo e posterior descarte.
Embora muita gente não saiba o lixo comum ou o vaso sanitário não é o destino correto para esses produtos. Por conterem substâncias químicas, eles podem contaminar o solo e a água e, além disso,  oferecer riscos à saúde da população e dos animais.
Estudos realizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímicas Oswaldo Cruz constataram que 75,3% das pessoas descartam a medicação no lixo doméstico e 6,3% jogam na pia ou no vaso sanitário. E mais, 92,5% nunca perguntaram sobre a forma correta de fazê-lo.
Diante dessa realidade que ora assola o país recomenda-se que os medicamentos vencidos sejam levados aos postos de coleta de lixo tóxicos, normalmente disponibilizados pelas prefeituras nas praças e terminais de coletivos. Essa orientação é válida para qualquer tipo de medicamento, seja comprimido, xarope ou pomada.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tecnologia a vácuo poderá ser a solução para o desperdício de água provocado pelas descargas sanitárias tradicionais

Resultados de pesquisas recentemente divulgados indicam que entre os atuais sistemas de esgotamento sanitários utilizados no Brasil, o sistema a vácuo se destaca entre os demais (sistema gravitacional – mais utilizado,  sistema de reuso de água e o de aproveitamento de águas pluviais), em função da sua eficiência.
Esse sistema de esgotamento sanitário, hoje largamente utilizado em aeronaves e plataformas de petróleo, consome cerca de 1,2 litro de água a cada acionamento, gerando uma economia na conta de água em torno  de 30%. Sua utilização também produz menos esgoto, fato que se traduz na redução de custos nas estações de tratamento.
Para os pesquisadores  o sistema de esgotamento sanitário a vácuo ainda não se tornou uma realidade no Brasil, em função de se tratar de uma tecnologia importada que, por conseguinte, se reflete no alto custo de implantação. Todavia, alegam categoricamente, que o referido sistema constitui uma das alternativas capazes de evitar o desperdício de água,  provocado pelo uso  das descargas dos vasos sanitários tradicionais, que  consomem entre 6,8 e 12 litros de água a cada acionamento.

Governo Federal recupera áreas degradadas na Amazônia Legal com a intensificação da produção de óleo de palma

Na última quinta-feira, 6 de maio, o governo federal lançou em Tomé-Açu (PA), na comunidade de Quatro Bocas, o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil. Esse Programa tem como objetivo disciplinar a expansão da produção de óleo e estabelecer as diretrizes para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva sem, no entanto, agredir o meio ambiente.
Com essa iniciativa o Governo Federal garantiu exclusividade da cultura em 86,4% de toda área apta para o plantio de palma para óleo. Nesse universo estão inseridas as áreas degradas da Amazônia Legal (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima) e as áreas utilizadas para cana-de-açúcar do Nordeste. Além disso, estabeleceu critérios ambientais à frente dos exigidos pelos compradores internacionais, como a vedação expressa de supressão de vegetação nativa em todo o território nacional.
É oportuno lembrar que o óleo extraído do fruto da palma, é hoje o mais utilizado pela indústria alimentícia em todo o mundo.  Além de ser recomendado como complemento nutritivo para populações de baixa renda, é o melhor substituto para gordura trans, por ser rico em vitaminas A e E.  Também está presente nos produtos de higiene e limpeza, lubrificantes e até mesmo na produção de biocombustível.  Atualmente, esse produto responde por mais de um terço do total de óleo vegetal consumido no planeta. Em razão de sua vasta utilização, o consumo mundial do óleo de palma saltou de 17 para 45 milhões de toneladas entre 1998 e 2009, ou seja, em 11 anos a demanda por esse produto aumentou em  164,7%.

domingo, 9 de maio de 2010

O planeta celebra o Dia Mundial das Aves Migratórias

Neste fim de semana mais de 40 países comemoram o Dia Mundial das Aves Migratórias. As celebrações que giram em torno do tema: "Salve as aves migratórias em crise” contam com festivais de pássaros, eventos educacionais e competição de fotos.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) tem registrado, que entre todas as espécies de pássaros conhecidas, cerca de 19% são migratórias. Desse percentual, 11% estão sob ameaça de extinção. Neste universo encontram-se o Maçarico de Bico Fino, a Íbis Eremita, o Albatroz dos Gálapagos e o Periquito de Barriga Laranja.
A preocupação com as espécies ameaçadas é generalizada porque as aves em risco são encontradas em territórios de todo o mundo. Atualmente, esses animais além de enfrentarem os perigos gerados pela agricultura, que por sua vez se encarrega de degradar os habitats naturais, estão a mercê do acentuado crescimento urbano e das mudanças climáticas, geradas principalmente pelo aquecimento global.
As comemorações alusivas a esta data visam, sobretudo, lembrar aos governantes, que é preciso fazer mais para conservar os biomas onde vivem essas espécies.

São Paulo poderá se tornar pioneiro na política voltada para o inovador Mercado de Carbono

Na quinta-feira, 29 de abril,  foi assinado o termo de cooperação técnica entre a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que visa criar o Mercado Paulista de Carbono.
O documento assinado pelos representantes das supramencionadas Instituições define as funções de cada uma, na implantação do novo Mercado, bem como as regras desse processo.
O propósito central desse acordo objetiva reduzir a desconformidade da qualidade do ar em regiões comprometidas do Estado, pois os créditos são obtidos a partir de ações e medidas que reduzem as emissões de poluentes atmosféricos.
 O Decreto Estadual nº 50.753/06, assegura que as indústrias que quiserem se implantar em áreas saturadas ou em vias de saturação por poluentes atmosféricos têm de compensar as suas emissões, por meio da aquisição ou transferência de créditos, garantindo assim, a melhoria contínua da qualidade ambiental.
Caso seja bem-sucedida, a iniciativa paulista será pioneira no Brasil. O acordo tem validade de um ano e prevê a possibilidade de renovação.

sábado, 8 de maio de 2010

População que vive às margens do rio Xingu chora pelas mazelas causadas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte

Belo Monte, a terceira maior hidrelétrica do mundo, enfim será construída. Dessa forma, satisfaz o propósito das autoridades que resolveram desde 2009 incluir a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Não se pode, entretanto, deixar de cientificar a população brasileira, maior prejudicada com a construção desse gigantesco empreendimento, que essa obra será construída em uma região de grandes fragilidades ambientais e sociais.
O rio Xingu, onde a usina será implantada, é o maior afluente do rio Amazonas e um dos cursos d´água de maior biodiversidade do planeta. Só ele carrega mais vida do que todas as bacias hidrográficas da Europa. Mas não é só. O rio, em um ponto abaixo da projetada barragem, banha o Parque Indígena do Xingu, moradia de 14 etnias e cerca de 5 mil índios. Parque e índios precisam do rio e de sua biodiversidade para viver.
A construção de Belo Monte deverá custar R$ 19 bilhões. Algumas estimativas, no entanto, apontam que pode chegar a R$ 30 bilhões. Isto, para oferecer ao Brasil 4.5 mil MW. Os movimentos ambientalistas e diversos especialistas em energia apontam que este dinheiro poderia gerar mais do que o montante de MV projetado para ser produzido por Belo Monte. Bastava apenas  que  fosse investido em programas de eficiência energética que reduzam os desperdícios no uso da eletricidade e na redução das perdas das linhas de transmissão. No Brasil essas perdas chegam a 15% do que é gerado, contra 5% na Europa e 1% no Japão.
Um estudo realizado pela Unicamp e pelo  WWF (renomada organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza) aponta que apenas com estas medidas o país poderia colocar à disposição da sociedade 30% a mais de energia sem investir um centavo em novas usinas.

O Brasil precisa fazer o dever de casa para ingressar na rota da sustentabilidade e na economia de baixo carbono

O 1º Encontro de Cidades e Mudanças Climáticas, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que ocorreu na última quinta-feira, dia 6 de maio no Rio de Janeiro, chegou a conclusão que para o Brasil ingressar na rota da sustentabilidade e na economia de baixo carbono, ele precisa fazer o dever de casa.
Para tanto, a receita para inserção do país nessa "revolução verde" passa pela integração das políticas governamentais nos níveis federal, estadual e municipal; pela participação efetiva das empresas; pela produção de conhecimento científico; pelo desenvolvimento de novas tecnologias; e pelo estabelecimento de um plano de adaptação para este novo cenário.
Nesse encontro uma constatação ficou patente para os palestrantes: se os desafios são grandes em termos estruturais, regulatórios, legislativos, ambientais, econômicos e tecnológicos para reduzir os impactos das emissões de gases do efeito estufa (GEE), as oportunidades também são muitas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tecnologia usada pela concessionária da plataforma afundada pode frear os impactos ambientais causados nos Estados Unidos

A empresa British Petroleum (BP), concessionária da plataforma afundada no dia 22 de abril, finalizou hoje, 7 de maio,  a instalação de uma enorme caixa com a qual pretende  recolher grande parte do petróleo que flui para o mar.
A companhia acredita que a estrutura retangular de mais de 12 metros de altura que será instalada a 1,5 mil metros de profundidade vai conseguir recolher até 85% dos cerca de 800 mil litros de petróleo jogados nas águas do Golfo do México diariamente.
Posteriormente, o óleo será bombeado para um petroleiro na superfície através de um encanamento instalado na parte superior da caixa de contenção.
O sucesso da operação é chave para frear o impacto da catástrofe, que a Casa Branca catalogou como um "desastre nacional".

Isopor deixa de ser um problema para se tornar a solução da construção civil do Brasil

O Poliestireno Expandido (EPS) ou  isopor leva em média 500 anos para se decompor em ambiente natural. Além disso, tinha em sua composição o temível gás Clorofluorcarbono (CFC), maior agressor da camada de ozônio. Hoje, esse gás foi substituído por outro componente, o isômero de Pentano, mas o EPS continua sendo um dos responsáveis pelo entupimento dos lixões e aterros sanitários. Todavia, em função da tecnologia desenvolvida pelas Universidades Brasileiras, a reciclagem do isopor está se tornando um negócio lucrativo.
Atualmente, o Brasil recicla cerca de 10% de todo isopor produzido e uma das opções de destino desse material é a produção de molduras e acabamentos para a construção civil. Com o isopor reciclado fabrica-se em escala ascendente: lajes, isolantes, aditivos, coberturas, tubo fôrma, decoração e blocos.
Para que haja aumento do percentual de reciclagem do isopor, ora ainda modesto no Brasil, é imprescindível que se faça a devida separação desse material e o deposite  nos pontos de coleta disponibilizados em sua cidade.

México sofre as consequências do Aquecimento Global

A forte onda de calor que assola Tabasco, Estado situado a sudeste do México, que concentra cerca de 30% de toda água doce corrente disponível naquele país, está baixando o nível das águas dos rios e lagoas. Em razão da seca provocada  pelo aumento de temperatura, os crocodilos  estão se deslocando do seu habitat natural a procura de locais úmidos na zona urbana.  
Nas últimas semanas as autoridades locais capturaram nove animais em pátios e caixas d'água de casas de Villahermosa, capital do Estado. Na Lagoa das Ilusões, um dos principais locais de lazer do centro da cidade, dois homens foram seriamente atacados.
A última vez que crocodilos deixaram seu habitat rumo à maioria das cidades  ocorreu em 2007, quando a maior parte de Tabasco sofreu inundações por causa da cheia de rios. Naquela época Villahermosa ficou alagada durante várias semanas, nas quais dezenas de crocodilos permaneceram em casas e/ou piscinas de hotéis.