"A terra geme com a agonia gerada pelo Aquecimento Global"

sábado, 8 de maio de 2010

População que vive às margens do rio Xingu chora pelas mazelas causadas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte

Belo Monte, a terceira maior hidrelétrica do mundo, enfim será construída. Dessa forma, satisfaz o propósito das autoridades que resolveram desde 2009 incluir a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Não se pode, entretanto, deixar de cientificar a população brasileira, maior prejudicada com a construção desse gigantesco empreendimento, que essa obra será construída em uma região de grandes fragilidades ambientais e sociais.
O rio Xingu, onde a usina será implantada, é o maior afluente do rio Amazonas e um dos cursos d´água de maior biodiversidade do planeta. Só ele carrega mais vida do que todas as bacias hidrográficas da Europa. Mas não é só. O rio, em um ponto abaixo da projetada barragem, banha o Parque Indígena do Xingu, moradia de 14 etnias e cerca de 5 mil índios. Parque e índios precisam do rio e de sua biodiversidade para viver.
A construção de Belo Monte deverá custar R$ 19 bilhões. Algumas estimativas, no entanto, apontam que pode chegar a R$ 30 bilhões. Isto, para oferecer ao Brasil 4.5 mil MW. Os movimentos ambientalistas e diversos especialistas em energia apontam que este dinheiro poderia gerar mais do que o montante de MV projetado para ser produzido por Belo Monte. Bastava apenas  que  fosse investido em programas de eficiência energética que reduzam os desperdícios no uso da eletricidade e na redução das perdas das linhas de transmissão. No Brasil essas perdas chegam a 15% do que é gerado, contra 5% na Europa e 1% no Japão.
Um estudo realizado pela Unicamp e pelo  WWF (renomada organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza) aponta que apenas com estas medidas o país poderia colocar à disposição da sociedade 30% a mais de energia sem investir um centavo em novas usinas.

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