"A terra geme com a agonia gerada pelo Aquecimento Global"

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Acordo histórico pode mudar a trajetória do Aquecimento Global


Compromisso firmado entre os maiores poluentes do planeta favorecerá as decisivas negociações climáticas previstas para 2015, por ocasião da Conferência do Clima que será realizada em Paris.

O mundo pode, enfim, respirar mais aliviado. Depois da labuta incansável dos ambientalistas que vislumbram um planeta sustentável, finalmente podemos, sem restrição, celebrar o acordo histórico firmado entre Estados Unidos e China que visa à redução das emissões de CO2, assinado em 12 de novembro deste ano na capital italiana.
Infelizmente, ainda há nesse processo alguns gargalos (nações dependentes dos combustíveis fósseis, como Rússia, Austrália, Venezuela, Irã, Arábia Saudita e os países do Golfo). Todavia, é bom lembrar que sem a ratificação desse acordo era impossível sonhar com a verdadeira mitigação das emissões desse perigoso poluente.
Entre esses gargalos, que não podemos esquecer em função de sua crescente contribuição negativa para o aquecimento global, está inserido, também, a Índia. Piyush Goyal, ministro de energia daquele país, declarou dias depois da assinatura do referido acordo: “O desenvolvimento da Índia não pode ser sacrificado. O ocidente terá que reconhecer que nós enfrentamos as necessidades da pobreza”.
Goyal deixou claro em alguns periódicos que o uso de carvão nacional na Índia passará dos 565 milhões de toneladas registrados no ano passado para mais de um bilhão de toneladas em 2019. O estrago, infelizmente Prezado(a) Seguidor(a), vai além de nossas expectativas. infausto Goyal disseminou a notícia nos principais jornais que circulam em  Nova Délhi, que está entregando concessões para extração de carvão em grande velocidade.
A Casa Branca, “Dona do Mundo”, agora sensibilizada com a real situação climática, tem como incumbência imediata: mostrar a Piyush Goyal o verdadeiro “caminho das pedras”, haja vista que a Índia está entre os países que mais contaminam o meio ambiente. É bem verdade que as suas emissões estão aquém das provocadas pelos Estados Unidos e pela China, que emitem 6.826 e 9.900 toneladas métricas de CO2, respectivamente. Contudo, estudos científicos, publicados recentemente, afirmam que as emissões desses gases provocadas pela Índia estão aumentando desenfreadamente e, sobretudo, em uma velocidade assustadora.
Diante desse cenário que norteia as prováveis futuras catástrofes, caso nada seja feito para atingir e, principalmente, manter a meta  desejada, é imperativo que haja, por parte das autoridades competentes, o consenso que o aquecimento do planeta não poderá ultrapassar 2ºC tendo como base a temperatura constatada na era pré-industrial.