O
consumo de água no mundo cresceu nos últimos 50 anos mais de cinco vezes. A
exploração desordenada desse recurso imprescindível à vida reduz os estoques
disponíveis. Mesmo assim, nós ainda relutamos em adotar medidas que contribuam,
efetivamente, para garantir a sua preservação. Neste século, se colocarmos a
água entre as moedas vigentes, ela, com certeza, determinará em um futuro
próximo a paz ou a guerra entre as nações.
Estou
convencido, sinceramente, que a crise hídrica que ora acomete o planeta é
oriunda dos impactos climáticos causados, principalmente, pelas atividades
irresponsáveis desenvolvidas pelos homens. Entre essas atividades, destaque
particular pode ser dado ao aumento de gases de efeito estufa na atmosfera, que
resultam prioritariamente da utilização de combustíveis fósseis somada, entre
outros, a queima de estoques de carbonos existentes, ainda, nas florestas
remanescentes.
Lamento,
profundamente, Prezado(a) Seguidor(a),
compartilhar que os problemas a serem enfrentados no presente século não estão
resumidos, apenas, aos conflitos gerados pelos ambiciosos que vislumbram o
poder e aos movimentos conservadores
e religiosos que interpretam, literalmente, os “livros sagrados”. Há,
infelizmente, aliado a estes a escassez de água que
aumenta a cada dia que passa em todo mundo, em virtude da ausência de manejo
racional e usos sustentáveis dos recursos naturais.
É
oportuno relembrarmos que o planeta dispõe de menos de 1,4 bilhão de km3 de
água, sendo 97,5% de água salgada e só 2,5% de água doce. Desse acanhado percentual, dois terços estão distribuídos
em rios, lagos e lençóis subterrâneos de difícil acesso. Cabe ressaltar que é dessa
água que dependemos para garantir a sobrevivência.
Nós
brasileiros já estamos sofrendo com a escassez de água destinada ao uso
doméstico, a indústria, ao comércio e a agricultura. Entretanto, não podemos
esquecer que o Brasil é um país privilegiado. Mais de 10% das reservas de água
doce do mundo se encontram no território brasileiro. Porém, é conveniente
salientar que essa água não está distribuída, uniformemente, em todos os recantos do país.
Diante
dos fatos, acredito que chegou a hora de reavaliarmos alguns hábitos,
sobretudo, negativos, adquiridos possivelmente pela ”falsa abundância”, ocorrida
em algum momento de nossa história, desse recurso finito e imprescindível à
vida. Não irei generalizar a opinião, porque se assim o fizesse estaria sendo injusto com uma parcela
significativa da população brasileira, que utiliza a água de forma coerente. Contudo,
posso garantir que ainda consumimos cerca de 200 litros de água por dia. A Organização
das Nações Unidas (ONU) recomenda utilizar, apenas, 110 litros. Esbanjamos mais
de 200 litros de água para lavar um carro fazendo a utilização de mangueira; gastamos
mais de 130 litros para tomar um banho de ducha e cerca de 280 litros para
lavar uma calçada. O mais grave nesse contexto é o fato de não enxergarmos que
essa água é, exatamente, aquela que chega às torneiras de nossas residências.
Isto quer dizer: água tratada - bem precioso que deveria ser, estritamente,
destinado ao consumo humano.